A fuga de informação ocorre quando uma fonte, através de um propósito definido, fornece uma informação “confidencial” a um jornalista. Pressupõe um plano de comunicação, pois é do interesse de alguém que a mensagem seja amplificada pela comunicação social.
A fuga de informação encontra-se normalmente associada a uma luta de poderes. A fonte pode recorrer à fuga de informação para:
-> Divulgar um erro de gestão ou acção futura (surpresa) de uma entidade
-> Uma injustiça ou ilegalidade
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No campo político (e no só) a fuga é usada para abrir o apetite. A fonte deixa escapar um comentário propositadamente, pensando que o jornalista a partir dali irá investigar mais sobre o caso levantado. (Pinto da Costa e os pneus com pó branco)
Alguns casos:
O sitio Sportugal causou sensação ao publicar os ordenados dos jogadores do Sporting,mas também por ter publicado, em exclusivo, o despacho que permitiu a reabertura do processo apito dourado.
Endereço que agrega algumas das polémicas do futebol nacional:
http://megafone-casomateus.blogspot.com/2007/01/pj-foi-redaco-do-sportugal-procura-do.html
Caso de Bosingwa. No dia em que despoletavam assuntos menos agradáveis para os adeptos portistas sobre o processo "Apito Dourado", O Jogo avançava em primeira mão que o lateral-direito iria jogar no Chelsea a troco de 20 milhões de euros. A estratégia comunicativa do Futebol Clube do Porto pretendia criar um cenário de conversa mais agradável para os adeptos do FCP que o “negativo” Apito Dourado.
É um caso comum. O ministro que fica a saber, através de uma fuga de informação, que vai ser alvo dos jornalistas por ter cometido algum comportamento incorrecto. No dia anterior à saída das notícias nos jornais demite-se. Assim o seu caso deixa de ter tanta importância porque é suplantado pelo mais actual (jornalismo alimenta-se do que é mais actual), neste caso, a demissão. É uma manobra que obriga a comunicação social a desviar o olhar. O 21º episódio da quarta série aborda esse tema. Tudo começa quando um repórter assegura que a Casa Branca está a ocultar um estudo da Nasa. Como se não bastasse, o novato Joe Quincy alerta CJ sobre o lançamento de um livro que poderá causar problemas à administração de Bartlett. Stu Winkle, colunista da secção de mexericos do Washington Post, revela a CJ que Helen Baldwin prepara-se para lançar um livro revelador. Helen teve um caso com o vice-presidente e o pior de tudo é que existem 47 telefonemas com os registos da Casa Branca feitos pelo vice a Helen. O Vice confirma o caso e deixa o cargo à disposição. Prontamente o presidente apresenta-se contra essa posição, porque tal acto iria transparecer "insegurança". Leo prepara a defesa do Vice alegando que Helen “não tem credibilidade” uma vez que vendeu os direitos do livro por milhões e assegura - “posso ajudá-lo”.
Mais uma pequena nota, no episódio 21 da 6ª temporada, o discurso do candidato republicano presume uma fuga de informação, pois refere-se implicitamente à tão bem guardada esclerose múltipla que afecta Bartlett. Ouve-se do candidato “sacrificar tudo em nome da nação” num claro jogo de charme a todos os votantes.
Josh “Eu quebro leis. Eu sou a lei.”
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