“Um defeito habitual do homem é não prever a tempestade em tempos de bonança”
Maquiavel
Uma crise prepara-se . Como já foi abordado no primeiro semestre, perante uma crise existem duas formas de reagir:
-> Com verdade e transparência. A crise deve ser encarada como uma oportunidade para a entidade enaltecer algo de positivo enquanto os holofotes estão em cima dela. Quando acontece, evitam-se os lamentos e delineia-se uma estratégia para extrair da situação algo de positivo.
-> Desviando atenções. Aqui se não vale tudo, vale quase tudo. O objectivo final é sempre o mesmo, pôr as pessoas a olhar para outro lado. O desvio pode acontecer criando manobras de bastidores, como vimos anteriormente, consistem em manipular a realidade. Desacreditando o mensageiro, como fez José Sócrates com o jornal “O Público”. O primeiro-ministro criou suspeitas sobre as intenções do mensageiro, instalou a dúvida e deixou o jornal com pouco espaço de manobra para qualquer notícia negativa. Ao se colocar em dúvida as intenções do mensageiro, a mensagem veiculada perde credibilidade.
Enquadramento do tema na série “Os Homens do Presidente”:
No 21º episódio da 2ª temporada ocorre uma sucessão de acontecimentos inconvenientes. Paira a ameaça de que a doença de Bartlett tornar-se-á pública. A equipa de assessores prepara uma estratégia de comunicação eficaz. Sam sugere, “tenho uma doença. Escondi-a, peço desculpa.”.
Para controlar a mensagem, os assessores prevêem as perguntas que a imprensa não resiste
Neste mesmo episódio, Sam prepara a mulher do presidente para esta dar uma entrevista num canal de televisão. Na cave (evitar o corpo de imprensa acomodado na entrada da Casa Branca) faz de entrevistador enquanto que a mulher do presidente responde, sendo avaliada e corrigida por Sam. Já na primeira temporada, mais concretamente no 12º episódio, o presidente ensaia um discurso preparado pela equipa sobre a doença. Suspeitas apontam que a história da esclerose múltipla tornar-se-á publica através de um site de Internet. CJ quer-se antecipar à notícia e falar com a imprensa no dia seguinte de manhã. Como um mal nunca vem só, também Leo é preparado com possíveis perguntas dos jornalistas feitas pelos assessores. Leo dá uma conferência, na qual confessa-se em recuperação do vício que o atormentou numa particular fase da sua vida. Lê um comunicado em que lamenta os danos causados aos próximos. Ao alinhar na transparência e honestidade, Leo esvaziou o assunto.
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